Simples Poesia

"A poesia, por pouco que se queira descer em si mesmo, interrogar sua alma, evocar suas lembranças de entusiasmo, não tem outro objectivo a não ser ela mesma, não pode ter outro, e nenhum poema será tão grande, tão nobre, tão verdadeiramente digno do nome de poema, quanto aquele que foi escrito unicamente pelo prazer de escrever um poema."- Charles Baudelaire-

domingo, julho 25, 2004

Tristeza assombrosa
rodeia o seu ser
Ó vida tenebrosa
o que me foi acontecer

Procuro a solução
penso que a encontrei
mas ao meu coração
ainda não a ensinei

Não tenho em que pensar
mas tenho muitos pensamentos
não posso aqui ficar
a olhar para os meus tormentos

Penso em fugir
para um outro lugar
estou quase a desistir
de continuar a lutar

Quero chorar
mas não consigo
Quero acreditar
no mundo inimigo

Busco a solução
sem saber onde procurar
entoo uma breve canção
tentando-me aliviar

Deixei de acreditar
no meu próprio ser
quero-me aventurar
sem nada saber

Será castigo ou ilusão?
Pergunta sem resposta
Denoto corrosão
Ó vida de bosta

Apetece-me gritar
para alguém me ouvir
e me tentar afundar
para deste barco sair

Mas não vou desistir
pois seria a minha fraqueza
continuo a sorrir
deito-me sobre a mesa...

sábado, julho 24, 2004

Chama longa e incandescente
que me olhas com plenitude
Ó vela que me alumias a mente
elevando-a ao altar da magnitude

Fazes-me sentir um senhor titânico
com poderes sobre o mundo
Dás-me um poder satânico
querendo ir mais fundo

Queimas a minha ignorância
perante incrédulos olhares
sentes a minha ganãncia
subir ao maior dos altares

Perguntas-me se tenho amor
e deixaste-me inconsciente
arrefeces-me todo o meu pudor
Eu amo-a! Só que ela não sente

Porque me olhas dessa maneira?
Ó vela do inferno!
tudo o mais que eu queira
Eu olho-te com um olhar terno

Apagou-se a tua chama poderosa
mas voltou-se a reacender
Não sejas tão mentirosa
Nunca mais te quero ver

tens poderes de sedução
sobre seres na vida perdidos
apelas á corrupção
de cérebros aturdidos

mas eu te continuo a olhar
absorto na minha imaginação
não deixes o meu coração parar
não me dês voz à razão!

Sombras que se erguem profundamente
num espectro de luminosodade
tudo aquilo que ele sente
reflecte-se na sua vaidade

Mas, em que penso eu afinal
ó vela tão assombrada
Eu sou um ser do mal
que te vê toda quebrada!!

quinta-feira, julho 22, 2004

Uma visão do paraíso
quem não a quer ter
para ao menos ter um sorriso
que não se possa desvanecer

É uma procura constante
É querer tudo saber
Mas encontro-me tão distante
que tudo passa num instante

O instante que passou
não mais se vai passar
Tudo o que ele sonhou
Jamais irá sonhar

Os sonhos são a minha vida
devia era ser o oposto
a minha vida um sonho
por trás do sol posto

Quero voltar a amanhecer
Quero luz irradiar
para então tentar saber
o que estava a sonhar...